terça-feira, 17 de maio de 2011

Faltam 33 dias....

Para a entrega da monografia para a banca... TENSA!!!!!

Dá uma dor só de imaginar as caras de reprovação dos que vão ler a monografia, se contorcendo por acharem que a monografia trata de um assunto tão "endógeno" da profissão ( ora, se eu não falar do trabalho profissional vou esperar o que? que os Médicos, os Magistrados, os Empresários venham sistematizar a nossa prática profissional???).

Vou ser taxada de tecnicista por muitos,
de ingênua por outros
( SErá? só por acreditar na humanidade, que é possível socializar ao invés de acumular pessoas num presódio?? por concordar com um futuro em que a justiça restaurativa estará presente ao invés deste amontoado de burocracia, carimbos, papéis...).

Claro que sempre tem quem discorde do que se pensa, mas é notório que existe uma maioria que sempre, idependente do que se faça, vão ser "do contra".

Aiaiai... Cresecer dói.

Também acredito que a feitura destes trabalho, assim como o de muitas colesgas de curso serão imortantes para problematizar estes novos espaços socioocupacionais da profissão. Mostrar a mediação entre o agir e a teoria, demonstrar os caminhos, desafios e críticas só fortalece e auxiliará os demais que atuarão nestes campos. Afinal, somos ou não profissionais que socializam as informações???

As vezes, me vejo remoendo todas as ofensas e palavras não-gratas ditas a mim nos últimos semestres. O semblante descrente, achando que atuar no judiciário é simplesmente corroborar com a coerção dos sujeitos, que somos meros auxiliares...

Não vou dizer que gostei das obeservações, mas foi querendo mostrar que, ao contrário, é possível fazer diferente que aceitei o desafio, talvez fosse mais fáacil mudar de estágio, fazer tudo o que é agradável aos olhos dos docentes... romper, desbravar, se virar sozinha... foi o caminho que escolhi.

Orientação? Não sei, não tive dos docentes que acompanharam o estágio obrigatório, contei comigo, com a supervisora de estágio (apesar de suas limitações humanas), com a minha companheira de estágio e com os livros.

Sim, li muito, mas isso não me fez ser medíocre ou uma mera "enclausurada no mundo das ideias". Me fez procurar decifrar este universo jurídico cheio de leis, decretos, normas para traduzir e fazer chegar do jeito mais fácil e acessível à população usuária.

Aliás, foi pelos usuários, por aqueles que se amontoam esperando o atendimento, que tem a sinceridade de narrar seus cotidianos e nos fazer penetrar pelo universo de múltiplas formas de exclusão que renovei minhas forças e busquei ir adiante, levantar a cabeça apesar do não apoio de alguns e persistir a estudar sobre a tema´tica.

Se valeu a pena?

Respondo citando Fernado Pessoa:

Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.


Abraços!!!

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